segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Número Pirata


Esta semana a vencedora do Número Pirata foi a Ana Rita. Parabéns!

Um amigo

Aqui fica um texto trabalhado hoje em Formação Cívica. Espero que gostem.




Amigo

Ter amigo é maravilhoso, ser amigo de alguém, é ainda melhor, é como acordar e sentir o sol brilhar.

Um amigo é alguém com quem se está bem, mas um amigo é muito mais que isso, é alguém que pensa em ti quando não estás aqui, alguém que pede a Deus por ti, quando tens que fazer algo difícil. Nunca se está realmente só quando se tem um amigo.

Um amigo ouve o que tu dizes, e tenta compreender o que tu não sabes dizer. Mas um amigo não está sempre de acordo contigo, um amigo contradiz-te e obriga-te a pensar honestamente. Um amigo gosta de ti, mesmo que faças besteiras. Um amigo ensina-te a gostar de coisas novas, não teria imaginado estas coisas se estivesses sozinho.

Amigo é uma palavra bonita, é quase a melhor palavra! Um amigo é alguém que tem sempre tempo para ti quando apareces.

Toda gente pode ter um amigo, mas não vivas tão apressado, que nem vejas que há alguém que quer ser teu amigo.

Um amigo é alguém que é para ti uma festa, alguém que pensa em ti e te ouve, e te ajuda a saber o que tu és. Alguém que está contigo, e não tem pressa. Alguém em quem tu podes acreditar! Quem é teu amigo?


Leif Kristiansson, Sophia de Mello Breyner Andersen (trad.)


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pequenos cientistas - "Vamos observar as plantas"

Olá a todos!

As próximas sessões dos Pequenos Cientistas serão dedicadas ao estudo das plantas. Vamos utilizar e explorar o material trazido pelo Pedro Gomes.

Desta forma,  os Pequenos Cientistas dedicaram-se com entusiasmo à reprodução de plantas por semente, em sala de aula.

Ao longo das próximas semanas vamos poder acompanhar a germinação das nossas sementinhas.

Para esta experiência utilizámos sementes de girassol trazidas pela Ana Rita e feijões trazidos pelo Pedro Martins.













Para percebermos o que acontece ao feijão debaixo da terra a Inês Martins colocou  um feijão num algodão húmido. 


Após a experiência colocámos todos os vasos na nossa janela. Agora é regar com carinho e esperar pelo resultado.

Sólidos Geométricos - Poliedros e Não poliedros

Os sólidos geométricos dividem-se em dois grandes grupos:




Poliedros: sólidos limitados só por superfícies planas. Ex. prismas, pirâmides, ...




Não poliedros: sólidos limitados só por superfícies curvas ou por superfícies planas e curvas. Ex. cone, cilindro, esfera, ...






Poliedros

PRISMAS
Têm duas bases e três ou mais faces laterais.



PIRÂMIDE
Têm uma só base e três ou mais faces laterais.


Elementos de um poliedro


- face
- aresta
- vértice



Não Poliedros

Cone
Tem uma superfície lateral curva e uma só base que é um círculo.
O cone tem um vértice.



CILINDRO
Tem uma superfície lateral curva e duas bases iguais que são círculos.



ESFERA
A esfera tem toda a superfície curva

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Geometria em sala de aula

Um polígono é uma região plana limitada por uma linha poligonal fechada.

Os polígonos podem classificar-se segundo o seu número de lados.


Como sugestão de atividade a Turma da Amizade contornou cada uma das peças do tangran e classificou-as quanto ao número de lados.



Curiosidades

Tangran

Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças:

5 triângulos
 1 quadrado
 1 paralelogramo
Com essas peças podemos formar várias figuras, utilizando todas elas sem sobrepô-las. Segundo a Enciclopédia do Tangram é possível montar mais de 1700 figuras com as 7 peças.
 Este quebra-cabeça, também conhecido como jogo das sete peças, é utilizado pelos professores de matemática como instrumento facilitador da compreensão das formas geométricas.
 Além de facilitar o estudo da geometria, ele desenvolve a criatividade e o raciocínio lógico, que também são fundamentais para o estudo da matemática.
Não se sabe ao certo como surgiu o Tangram, apesar de haver várias lendas sobre sua origem.
Uma diz que uma pedra preciosa se desfez em sete pedaços, e com elas era possível formar várias formas, tais como animais , plantas e pessoas.
Outra diz que um imperador deixou um espelho quadrado cair, e este se desfez em 7 pedaços que poderiam ser usados para formar várias figuras.
Segundo alguns, o nome Tangram vem da palavra inglesa "trangam", de significado "puzzle".
 Outros dizem que a palavra vem da dinastia chinesa Tang, ou até do barco cantonês "Tanka", onde mulheres entretinham os marinheiros americanos.
 Na Ásia o jogo é chamado de "Sete placas da Sabedoria".

Foi muito divertido trabalhar o tangran em sala de aula.













Para jogar on line clicar em:
http://rachacuca.com.br/jogos/tangram/

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Tradições Portuguesa - As janeiras

Em Portugal cantam-se as Janeiras, a 6 de Janeiro.
·  As Janeiras são uma tradição antiquíssima

Formam-se grupos pequenos ou com dezenas de elementos que cantam e animam as localidades, indo de casa em casa ou colocando-se num local central (esta é uma versão mais recente), desejando de uma forma tradicional um bom ano a todos os presentes.

Nos grupos de janeireiros, toca-se pandeireta, ferrinhos, tambor, acordeão e viola, por exemplo.

Em muitas aldeias esta tradição mantém-se viva, especialmente no Norte de Portugal e nas Beiras.

"No entanto, cantar as Janeiras ainda se faz um pouco por todo o País".

As pessoas visitadas eram (são) normalmente muito recetivas aos cantores e aos votos que vêm trazer, dando-lhes algo e desejando a todos um bom ano. In, cantinho dos miúdos


Pois é a Turma da Amizade também escreveu as janeiras aos seus coleguinhas. Destacando-se o trabalho da Maria Carolina, que dedicou a toda a turma, sem esquecer a sua professorinha.
 Ora vejam lá...

Professora Sílvia
Desejo à minha professora
Uma vida cheia de paz e harmonia
Na companhia dos seus alunos
Trabalhando dia-a-dia.

Vasco
Para o Vasco palhacito
Meu amigo do jardim
Desejo-te tudo de bom
E que não te esqueças de mim.

June
Desejo à minha amiga June
Uma vida bem risonha
Que tenha muitos amigos
E nunca sejas enfadonha.

Sofia
Desejo que sejas atinada
Mas brinca de mais a Sofia
Deixa-me sem paciência
De tanta conversa vazia.

João
Desejo-te tudo de bom
Ao João que é trapalhão
Mas merece ser muito feliz
Ele e o seu irmão.

Beatriz
Queria que fosses feliz
E tivesses sempre amigos
A minha amiga Beatriz
Desejo que se afaste dos perigos.

Gonçalo
A seguir vem o Gonçalo
Ao qual eu vou desejar
Paz, Saúde e Amor
E uma vida de encantar.

Pedro Miguel
Embora não brinque muito com ele
Um Bom Ano vou desejar
Pedro Miguel, meu colega
Temos muito que brincar.

Bruna
Ainda agora aqui cheguei
E à Bruna vou desejar
Que seja muito feliz
Sem nada lhe faltar.

Inês
À minha amiga Inês
Também lhe quero dizer
que tenha muitos amigos
e que seja feliz a valer.

Catarina
Aqui estou nesta sala
Para desejar à Catarina
Que seja muito feliz
E também boa menina.

Cátia
É muito boa rapariga
Mas também muito traquina
Quero que sejas feliz
São os desejos da Carolina.

Caetana
Caetana minha amiguinha
Eu não me ia esquecer
Desejo-te tudo de bom
Que sejas feliz a valer.

Ana Rita
Para a traquina dos caracóis
Ana Rita, a espertalhona
Desejo que sejas feliz
E não escorregues na esfregona.

Diana
À Diana vou desejar
Que sejas muito feliz
Continua a brincar
E não partas o nariz.

Carolina Nogueira
Boas Festas
Aqui venho desejar
À Carolina Nogueira
Uma menina exemplar.

Carolina Ferreira
Para a Carolina Ferreira
Desejo-te muita alegria
Que tenhas tudo de bom
Num mundo de fantasia.
Pedro Gomes
Um Feliz Ano Novo
Ao Pedro Gomes quero desejar
Toca muito bem violino
E gosta muito de explorar.

Carolina Serra
Às vezes é minha amiga
Outras vezes não quer ser
Desejo-lhe muita saúde
E um beijinho lhe vou oferecer

Tiago David
Para o Tiago David
Que nunca brinca comigo
Desejo-lhe que seja feliz
E que possa ser meu amigo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Número Pirata



A vencedora desta semana voltou a ser a Maria Carolina. Parabéns!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Narrativa Coletiva

No âmbito do projeto Ler... escrever e falar... a turma da Amizade construiu uma fabulosa narrativa. Prometemos adicionar as imagens brevemente, pois para além de bons escritores também somos grandes artistas. Esperamos que apreciem o nosso trabalho, tanto como nós.
                                                A turma da Amizade


Vicente e Aurora

No tempo em que os animais falavam um belo cavaleiro de nome Vicente e o seu fiel cavalo Marley tinham como missão salvar a bela princesa Aurora, que era guardada por um terrível ogre, no Castelo da Lua Negra.
Contudo, não havia meio de lá chegar, apesar de ter seguido à risca, as pistas dadas pelo velho feiticeiro. Havia algo de errado. Seriam as pistas falsas?
Estava o cavaleiro nestes pensamentos, quando se ouviu uma voz.
- Na minha opinião deverias seguir o rumo contrário ao indicado pelo feiticeiro, porque ele é apaixonado pela princesa Aurora.
- Meu Deus! Marley foste tu que falaste?
- Sim, meu amo. Eu falo e escuto muito bem. Sei também que o feiticeiro morre de amores pela linda princesa e o Castelo da Lua Negra fica situado no Lago das Sete Estrelas, encoberto pelo denso nevoeiro.
Cavalgaram então sete dias e sete noites chegando ao Lago das Sete Estrelas. Avistaram então uma luz fraca, numa torre. O silêncio era absoluto ouvindo-se apenas o trote do cavalo. O ogre que tinha um sono leve acordou ao som do cavalo.
- Quem se atreve a aproximar do meu castelo? Vai levar a mesma lição que dei ao feiticeiro abelhudo. Não queria ele outra coisa senão casar com a minha doce Aurora. Só casará com ela o jovem que me conseguir trazer o dom da Bondade, trovejou o ogre.
O destemido cavaleiro que já estava perto ouviu as furiosas palavras do ogre e corajosamente falou:
- Amo a princesa Aurora e estou disposto a enfrentar vários perigos. Diz-me onde posso encontrar o dom da Bondade.
Marley não podia abandonar agora o seu amo e dando um passo em frente disse:
- Meu amo conte comigo eu darei a minha vida pela vossa felicidade.
Ditas estas palavras algo de mágico se passou. O denso nevoeiro desapareceu, dando lugar a um radioso Sol.
A bondade de Marley tinha desfeito o feitiço.
O Ogre era agora um majestoso Rei e pai da bela princesa Aurora.
A partir desse dia viveram felizes, longe da maldade do velho feiticeiro. Da união de Vicente e Aurora nasceram sete príncipes e sete princesas. Tendo o reino sido governado com bondade justiça.
Quanto ao Marley, este foi nomeado conselheiro do reino, tendo tido um papel muito importante. Encontrou uma bela égua e mais não conto.
Diz quem sabe que ainda hoje lá estão a comer pão com melão.
Louvado, louvado está o nosso conto acabado, quem não gostar deste fim que invente outro.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sábios como camelos

Olá meus queridos alunos.

Aqui fica o texto trabalhado em sala de aula para lerem em família.

                                       Projeto "Ler... escrever... falar.

Sábios como camelos



Há muitos anos viveu na Pérsia um grão-vizir - nome dado naquela época aos chefes dos governos - que gostava imenso de ler. Sempre que tinha de viajar ele levava consigo quatrocentos camelos, carregados de livros, e treinados para caminhar em ordem alfabética. O primeiro camelo chamava-se Aba, o segundo Baal, e assim por diante, até ao último, que atendia pelo nome de Zuzá. Era uma verdadeira biblioteca sobre patas. Quando lhe apetecia ler um livro o grão-vizir mandava parar a caravana e ia de camelo em camelo, não descansando antes de encontrar o título certo.
Um dia a caravana perdeu-se no deserto. Os quatrocentos camelos caminhavam em fila, uns atrás dos outros, como um carreirinho de formigas. À frente da cáfila, que é como se chama uma fila de camelos, seguiam o grão- vizir e os seus ministros. Subitamente o céu escureceu, e um vento áspero começou a soprar de leste, cada vez mais forte. As dunas moviam-se como se estivessem vivas. O vento, carregado de areia, magoava a pele. O grão-vizir mandou que os camelos se juntassem todos, formando um círculo. Mas era demasiado tarde. O uivo do vento abafava as ordens. A areia entrava pela roupa, enfiava-se pelos cabelos, e as pessoas tinham de tapar os olhos para não ficarem cegas. Aquilo durou a tarde inteira. Veio a noite e quando o Sol nasceu o grão-vizir olhou em redor e não foi capaz de descobrir um único dos quatrocentos camelos. Pensou, com horror, que talvez eles tivessem ficado enterrados na areia. Não conseguiu imaginar como seria a vida, dali para a frente, sem um só livro para ler. Regressou muito triste ao seu palácio. Quem lhe contaria histórias?

Os camelos, porém, não tinham morrido. Presos uns aos outros por cordas, e conduzidos por um jovem pastor, haviam sido arrastados pela tempestade de areia até uma região remota do deserto. Durante muito tempo caminharam sem rumo, aos círculos, tentando encontrar uma referência qualquer, um sinal, que os voltasse a colocar no caminho certo. Por toda a parte era só areia, areia, e o ar seco e quente. À noite as estrelas quase se podiam tocar com os dedos.
Ao fim de quinze dias, vendo que os camelos iam morrer de fome, o jovem pastor deu-lhes alguns livros a comer. Comeram primeiro os livros transportados por Aba, ou seja, todos os títulos começados pela letra A. No dia seguinte comeram os livros de Baal. Trezentos e noventa e oito dias depois, quando tinham terminado de comer os livros de Zuzá, viram avançar ao seu encontro um grupo de homens. Eram as tropas do grão-vizir.
Conduzido à presença do grão-vizir o jovem guardador de camelos, explicou- lhe, chorando, o que tinha acontecido. Mas este não se comoveu:
- Eras tu o responsável pelos livros - disse -, assim por cada livro destruído passarás um dia na prisão.

O guardador de camelos fez contas de cabeça, rapidamente, e percebeu que seriam muitos dias. Cada camelo carregava quatrocentos livros, então quatrocentos camelos transportavam cento e sessenta mil! Cento e sessenta mil dias são quatrocentos e quarenta e quatro anos. Muito antes disso morreria de velhice na cadeia.

Dois soldados amarraram-lhe os braços atrás das costas. Já se preparavam para o levar preso, quando Aba, o camelo, se adiantou uns passos e pediu licença para falar:
- Não faças isso, meu senhor - disse Aba dirigindo-se ao grão-vizir - esse homem salvou-nos a vida.
O grão-vizir olhou para ele espantado:

- Meu Deus! O camelo fala!?
- Falo sim, meu senhor - Confirmou Aba, divertido, com o incrédulo silêncio dos homens.

- Os livros deram-nos a nós, camelos, a ciência da fala.

Explicou que, tendo comido os livros, os camelos haviam adquirido não apenas a capacidade de falar, mas também o conhecimento que estava em cada livro. Lentamente enumerou de A a Z os títulos que ele, Aba, sabia de cor. Cada camelo conhecia de memória quatrocentos títulos.
- Liberta esse homem - disse Aba -, e sempre que assim o desejares nós viremos até ao vosso palácio para contar histórias.
O grão-vizir concordou. Assim, a partir daquele dia, todas as tardes, um camelo subia até ao seu quarto para lhe contar uma história. Na Pérsia, naquela época, era habitual dizer-se de alguém que mostrasse grande inteligência:
- Aquele homem é sábio como um camelo.

Isso foi há muito tempo. Mas há quem diga que, quando estão sozinhos, os camelos ainda conversam entre si.
Pode ser.

                                                                                   José Eduardo Agualusa, Bizarrocos, Lisboa, Dom Quixote, 2000




Curiosidades:

Um ¨vizir¨ era um ministro e conselheiro de um sultão, ou rei, da antiga Pérsia. O termo significa literalmente ajudante¨. Grão-Vizir era a mais alta autoridade, depois do sultão, durante o Império Otomano, e era considerado como um representante deste e atuava em seu nome.
O grão-vizir tinha como auxiliares diretos outros vizires, de menor importância.



Nos desertos, chamamos caravana a um grupo de viajantes que se deslocam em camelos.
Foram muito usadas na rota da Seda, transportando produtos da China para o Ocidente, e vice-versa.




 
Irão (Antiga Pérsia)


Após a leitura e compreensão do texto foi trabalhada a relação sequencial dos componentes narrativos.

Tendo sido de seguida apresentada à turma uma prancha, permimtindo assim a representação sequencial da história, colocando em evidência a estrutura e os elementos da narrativa.

No preenchimento da prancha achámos curiosos como conseguimos contar em poucas palavras toda a história.



ESTRUTURA NARRATIVA

A ação da narrativa é constituída por três ações: Intriga, Ação principal e Ação secundária.

  • Intriga: Ação considerada como um conjunto de acontecimentos que se sucedem, segundo um princípio de casualidade, com vista a um desenlace. A intriga é uma ação fechada.

  • Ação principal: Integra o conjunto de sequências narrativas que detêm maior importância ou relevo.

  • Ação secundária: A sua importância define-se em relação à principal, de que depende, por vezes; relata acontecimentos de menor relevo.


A narração consiste em arranjar uma sequência de acontecimentos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa.

O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Os seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo.