Ser um rapaz com juízo?
Ah, isso não é preciso.
É tão bom ser diabrete,
pintar de verde o tapete.
É tão bom ser um mauzão,
deitar pimenta no pão.
É tão bom ser um pirata,
puxar o rabo da gata.
É tão bom ser um traquinas,
despentear as meninas.
É tão bom ser um travesso,
vestir tudo do avesso.
É tão bom ser um marau,
pôr no lixo o bacalhau.
É tão bom ser desastrado,
cair no lago calçado.
É tão bom ser malandrão,
roer os ossos do cão.
É tão bom ser um maroto
Ah, isso não é preciso.
É tão bom ser diabrete,
pintar de verde o tapete.
É tão bom ser um mauzão,
deitar pimenta no pão.
É tão bom ser um pirata,
puxar o rabo da gata.
É tão bom ser um traquinas,
despentear as meninas.
É tão bom ser um travesso,
vestir tudo do avesso.
É tão bom ser um marau,
pôr no lixo o bacalhau.
É tão bom ser desastrado,
cair no lago calçado.
É tão bom ser malandrão,
roer os ossos do cão.
É tão bom ser um maroto
pôr no prato um gafanhoto.
Tão bom ser insuportável,
pisar um senhor notável.
Ser sempre inconveniente,
ao careca dar um pente.
É tão bom ser mau, mau, mau,
soltar na aula um lacrau.
O pior é quando a mãe
resolve ser má também.
pisar um senhor notável.
Ser sempre inconveniente,
ao careca dar um pente.
É tão bom ser mau, mau, mau,
soltar na aula um lacrau.
O pior é quando a mãe
resolve ser má também.
Poema de Luísa Ducla Soares
Fonte: "Conto estrelas em ti." Edições: Campo das Letras.
Fonte: "Conto estrelas em ti." Edições: Campo das Letras.
Sem comentários:
Enviar um comentário