quarta-feira, 20 de abril de 2011

Visita a Belém e ao Parque da Serafina


Foi realizada uma visita de estudo a Lisboa. Os alunos visitaram o Mosteiro dos Jerónimos, passearam na Praça do Império, e exploraram a zona envolvente com o apoio de um guião previamente elaborado. No período da tarde almoçaram no parque da Serafina e realizaram uma caça ao tesouro, no final exploraram o parque e brincaram imenso. Foi sem dúvida um dia bem passado para TODOS.



Mosteiro: Um mosteiro é uma instituição e edifício de habitação, oração e trabalho de uma comunidade de monges.

Um pouco de história: O Mosteiro foi mandado construir pelo rei D. Manuel I em 1502 (séc. XVI) para prestar homenagem a todos os portugueses que participaram nos descobrimentos. Ficou concluído no reinado de D. João III, tendo demorado cerca de 100 anos a ser construído. O Mosteiro foi entregue à ordem de S. Jerónimo, de quem D. Manuel era devoto.



Curiosidades:
Ao longo do Mosteiro podemos encontrar imagens de leões. Existe uma lenda que diz que S. Jerónimo ajudou um leão que estava ferido e a partir daí este ficou seu amigo. Até existe um leão dos desejos (tocámos na pata e pedimos um desejo).


CURIOSIDADES SOBRE D. MANUEL I

D. Manuel I (1495-1521) "O Afortunado" nasceu em Alcochete

 
D. Manuel I, que assumiu o título:

" Rei de Portugal e dos Algarves e senhor da conquista, navegação, e comércio da Índia, Etiópia, Arábia e Pérsia,"

Herdou uma monarquia autocrática firmemente estabelecida e uma rápida expansão do império do ultramar, graças ao trabalho de João II.

Hanno, o elefante branco (1515)
Gravura contemporânea de El-Rei D. Manuel I montado no elefante Hanno, mascote do papa Leão X

Hanno  foi o elefante branco, ou albino, mascote do papa Leão X, oferecido, na ocasião da sua coroação, por El-Rei D. Manuel I.

Hanno fazia parte da aparatosa embaixada enviada pelo monarca português, chefiada por Tristão da Cunha.

D. Manuel tê-lo-ia recebido como um presente do rei de Cochim, ou pedido a Afonso de Albuquerque, o seu vice-rei da India, para comprá-lo. Conta-se que Hanno era de cor branca, e chegou numa nau, enviado de Lisboa a Roma em 1514, com cerca de quatro anos de idade.

A sua chegada foi comemorada na poesia e nas belas-artes (Rafael e Pietro Aretino desenharam o fascinante animal).

Embaixada de D. Manuel I

Na embaixada manuelina, que atravessou a cidade para deleite dos romanos, vinham também dois leopardos, uma pantera, alguns papagaios, perus raros e cavalos indianos.

Hanno carregava um palanque de prata no seu dorso, em forma de castelo, contendo um cofre com os presentes reais, entre os quais paramentos bordados com pérolas e pedras preciosas, e moedas de ouro cunhadas para a ocasião.

O papa recebeu o cortejo no Castelo de Santo Ângelo. O elefante ajoelhou-se três vezes em sinal de reverência e depois, obedecendo a um aceno do seu mahout (tratador) indiano, aspirou a água de um balde com a tromba e espirrou-a sobre a multidão e os cardeais.


D. Manuel I e o rinoceronte

O rei português D. Manuel I (1469-1521) gostava de fazer alarde do exotismo encontrado pelos navegadores portugueses no estrangeiro, chegando mesmo a ter por hábito exibir-se nas ruas acompanhado por um cortejo luxuoso que abria com cinco elefantes indianos, seguidos de um animal pouco conhecido e de aparência surpreendente que Afonso de Albuquerque lhe enviara: um rinoceronte.
Este rinoceronte enchia D. Manuel de orgulho. São conhecidos relatos de um certo combate que deveria ter-se realizado entre o rinoceronte e um elefante, se este último, assim que apenas avistou o primeiro, não tivesse desatado a correr, absolutamente descontrolado, desde o Palácio da Ribeira até ao Rossio, espezinhando aqueles que ousaram intervir. Por altura da partida de uma embaixada de Tristão da Cunha a Roma, D. Manuel, querendo a todo o custo impressionar o Papa, decidiu que tão maravilhoso animal tinha de fazer parte da comitiva.
Preso por uma corrente de ferro dourada e com uma coleira de veludo enfeitada de cravos e rosas, o rinoceronte embarcou com destino ao porto de Génova. A viagem, contudo, não correu tão bem como era desejado: o navio naufragou devido a uma tempestade.
O afogamento do animal não se revelou, porém, suficiente para desanimar totalmente a embaixada portuguesa. Segundo Damião de Góis, o corpo do animal foi recolhido junto à costa e empalhado. O Papa teve, assim, oportunidade de observar o que restava dele. Mesmo morto, o rinoceronte terá impressionado todos os presentes.

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